sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Fáscia

Ida Rolf - elaborou o método

O nosso corpo é uma estrutura simples, mas ao mesmo tempo complexa. O corpo humano é formado por um conjunto de ossos de tamanhos e formas variadas que se articulam entre si. Esses mesmos ossos são unidos através de tendões e ligamentos que por sua vez são envoltos por vários músculos os quais, quando acionados, produzem os movimentos.

Ao observarmos as pessoas caminhando nas ruas, praças,  praia...   constatamos jeitos variados de andar, parar de pé, sentar. Isso ocorre de acordo com a organização das camadas da fáscia ao longo da vida. Mas em alguns casos essas camadas estão tão desorganizadas que causam dores, desconforto, limitações de movimentos e até deformidades como joelhos em varo e vago, joanetes, artroses e outras complicações.

A fáscia é basicamente constituída de elastina e colágeno. No momento não se tem muito conhecimento como a elastina é liberada no organismo, mas o colágeno sim. De acordo com os extímulos externos, o colágeno pode ser denso ou mais fluido. Esses estímulos externos são provenientes de traumas, fraturas, maus hábitos posturais que desorganizam as camadas fasciais. 

O Método Rolph atua através de pressão  manual continua e profunda por um determinado tempo sobre a fáscia, o que torna o colágeno  mais flexível permitindo a organização das camadas fasciais, que por sua vez retiram a pressão sobre os músculos, tendões e órgãos, permitindo o bom funcionamento biomecânico do corpo em harmonia com a gravidade.

Precisamos levar em conta que a gravidade é uma força que atua sobre nós querendo ou não, e ela nunca é neutra. Não podemos lutar contra ela mas podemos usá-la a nosso favor. Uma relação corporal mais equilibrada com a gravidade nos proporcina mais bem-estar corporal.

Tendinite, Síndrome do Túnel do Carpo, Cotovelo de Tenista, Bursite



Quando se fala em tendinite, síndrome do túnel do carpo, cotovelo de tenista, bursite, logo vem à mente dor, imobilidade, cirurgia.
 
Mas será que precisa ser resolvido dessa forma?
 
Essa são patologias diferentes entre si devido ao local e estruturas corporais que atingem mas todas tem o mesmo fator desencadeante e o tratamento é muito similar.
No caso da síndrome do túnel do carpo, como o próprio nome já diz, é um túnel entre a palma da mão e o punho, por onde passam os tendões, os nervos, artérias e veias para a mão. Devido a vários fatores que podem ser por esforço repetitivo como digitar, carregar peso, ou seja, trabalhar durante muito tempo com a palma da mão semi fechada e não fazer nenhuma atividade de relaxamento destas estruturas. A forma que elas tem de dar o alerta de fadiga é a dor.

A dor é o indicativo de que esses músculos e tendões estão apertados e cansados de trabalhar sob estresse/pressão (palavras tão em evidência). A forma mais correta de se resolver esse problema é retirar essa pressão/tensão deste túnel. Existem alguns métodos que possuem esse propósito.
No caso do Método Rolf de Integração Estrutural, tem como objetivo trazer mais liberdade de movimento para o corpo através de manipulações manuais profundas. Nessas manipulações procura-se mexer na musculatura intrínseca, através de pressões e movimentos, numa integração paciente e profissional, onde se preconiza o descolar/abrir essa capa de fibras, chamada de fascia, que reveste os músculos, para que eles possam trabalhar com mais flexibilidade, agilidade, liberdade, com espaço e sem dor.
Antes de se fazer uma cirurgia é indicado se “resolver” o problema sem os riscos que uma intervenção cirúrgica implica, através do Método Rolf de Integração Estrutural. Quanto mais precocemente for tratado maiores as chances de recuperação.
 

As 10 sessões do Método Rolf :


As dez sessões se desenrolam numa sequência lógica, onde cada uma prepara o organismo para próxima, criando condições para o desabrochar da consciência da Linha, sempre mantendo o objetivo de integração do corpo como um todo.

Ao final do ciclo pode-se experenciar mudanças na estrutura, postura, movimentos e o aprendizado das necessidades do próprio corpo onde as posturas antigas não são mais confortáveis.

O cliente recebe um material onde fornece as informações do que é trabalhado em cada sessão para que possa acompanhar com mais consciência o processo de Integração Estrutural.

Juntos, cliente e terapeuta vão observando e dialogando sobre as percepções, sensações, necessidades e mudanças que a cada sessão ocorrem.